“Talvez pelo meu espírito inquieto, inerente a minha própria personalidade, estou sempre em busca de desafios, por isso a palavra “inovação” sempre esteve presente no meu viver e conviver, norteando as opções que fui fazendo no decorrer da construção de meus projetos de vida pessoal e profissional.”
É assim que se define Pedagoga pela UNIJUI, Professora de Graduação e Pós-Graduação Lato-Sensu do Centro Universitário La Salle, Coordenadora Pós-Graduação Lato-Sensu em Informática na Educação (modalidade b-learning), Especialista em Psicopedagogia e Formação em Psicopedagogia Clínica pela Escuela Psicopedagogica de Buenos Aires(EPSIBA). Também com formação em Gestão e Tecnologias para Educação a Distância. (modalidade e-learning),Pesquisadora colaboradora do grupo de pesquisa “Educação Digital” (gp edu UNISINOS/CNPq). A nossa entrevistada do mês é Mestre em Educação pela UFRGS Ana Margô Mantovani, que é a nossa responsável por ter nos ensinado e incentivado a criação do nosso blog!Obrigada professora Margô!
PPEG - Na reportagem do jornal Correio do Povo (7 de abril 2010, leia a reportagem no final da resposta): Equipamento ensina e diverte estudantes, as mesas interativas é mais uma ferramenta que pode aproximar o aluno a ter contato com o computador auxiliando-o no ensino da educação básica?
Professora Margô - Sim, as mesas interativas são recursos pedagógicos importantes tanto para aproximar o aluno do computador de uma maneira lúdica e divertida, assim como para auxiliar na aprendizagem dos alunos nas diversas áreas do conhecimento. Meu primeiro contato com as mesas interativas foi ainda na década de 90, pois o Colégio La Salle São João naquela época já utilizava esta tecnologia.
Enquanto coordenadora do GAIE promovemos duas Feiras de Informática Educacional e lembro-me que um trabalho premiado na I Feira foi justamente realizado pela professora Ângela Maluf com as mesas pedagógicas, pois ela contextualizava o trabalho realizado em sala de aula com o uso dessas mesas. Todo o trabalho realizado com o uso das TDVs só faz sentido se o professor integrar esse trabalho com as atividades curriculares, sendo fundamental a participação do professor nesse processo.
Por isso deixo aqui um “alerta”: não basta apenas usar tecnologias e equipar as escolas com os melhores computadores, pois as tecnologias por si só não fazem milagres! Quem desenvolve metodologias adequadas para o bom uso delas são os professores, por isso eles precisam ser autores desse processo. É essencial que desenvolvam projetos de aprendizagem junto com o professor ou equipe técnica que atua nos laboratórios de informática e que acompanhem os alunos nesse trabalho, pois são os professores de sala de aula que possuem o conhecimento especializado, por isso o acompanhamento deles é indispensável.
PPEG - Na reportagem do jornal Correio do Povo (7 de abril 2010, leia a reportagem no final da resposta): Equipamento ensina e diverte estudantes, as mesas interativas é mais uma ferramenta que pode aproximar o aluno a ter contato com o computador auxiliando-o no ensino da educação básica?
Professora Margô - Sim, as mesas interativas são recursos pedagógicos importantes tanto para aproximar o aluno do computador de uma maneira lúdica e divertida, assim como para auxiliar na aprendizagem dos alunos nas diversas áreas do conhecimento. Meu primeiro contato com as mesas interativas foi ainda na década de 90, pois o Colégio La Salle São João naquela época já utilizava esta tecnologia.
Enquanto coordenadora do GAIE promovemos duas Feiras de Informática Educacional e lembro-me que um trabalho premiado na I Feira foi justamente realizado pela professora Ângela Maluf com as mesas pedagógicas, pois ela contextualizava o trabalho realizado em sala de aula com o uso dessas mesas. Todo o trabalho realizado com o uso das TDVs só faz sentido se o professor integrar esse trabalho com as atividades curriculares, sendo fundamental a participação do professor nesse processo.
Por isso deixo aqui um “alerta”: não basta apenas usar tecnologias e equipar as escolas com os melhores computadores, pois as tecnologias por si só não fazem milagres! Quem desenvolve metodologias adequadas para o bom uso delas são os professores, por isso eles precisam ser autores desse processo. É essencial que desenvolvam projetos de aprendizagem junto com o professor ou equipe técnica que atua nos laboratórios de informática e que acompanhem os alunos nesse trabalho, pois são os professores de sala de aula que possuem o conhecimento especializado, por isso o acompanhamento deles é indispensável.
Conheço muitas escolas públicas das redes municipais de ensino que transformaram esse trabalho nas chamadas “aulas de informática” nas quais os professores de sala de aula sequer vão para a escola em nome do dia que se legitimou como o “dia de planejamento” (leia-se: dia de folga). Que planejamento? Para quem? Esse é um grande equívoco! Não se justifica um alto investimento em equipamentos e tecnologias se o professor de sala de aula não participa desse processo, repito, sua participação é fundamental para que de fato o uso das TDVs possa contribuir para uma aprendizagem significativa. Por isso, também é necessário que as escolas invistam na capacitação dos professores para o uso de tais tecnologias, pois há muito tempo já é de consenso na comunidade científica da área de Informática na Educação de que o professor precisa conhecer as possibilidades e limitações dessas tecnologias e a única forma de conhecê-las é fazendo uso delas. Este é um trabalho de parceria entre professores e técnicos, pois exige tanto competências técnicas quanto pedagógicas.
E, para finalizar, deixo aqui um outro alerta: temos que ter muito cuidado com o uso de software pronto, empacotado, pois aqui a ação do aluno é mais passiva do que ativa. Então, tantos as mesas interativas quanto demais softwares específicos fechados, devem ser utilizados com um objetivo pedagógico bem delineado e integrados aos trabalhos realizados em sala de aula e com tecnologias e softwares abertos, dinâmicos (como blogs e wikis), nos quais os alunos possam ser ativos e também co-autores desse processo, construtores de conhecimento e não meramente receptores de informações. Aqui o enfoque principal é a aprendizagem e não o ensino!
Mesas Interativas-clique no menu e depois no full para ampliar a tela
View more presentations from Práticas Pedagógicas no Ensino de Geografia.
PPEG - Como as tecnologias pedagógicas podem agregar no conhecimento do aluno?
Professora Margô - Acredito que já respondi na questão anterior, apenas para complementar, as crianças de hoje são os chamados “nativos digitais” também denominados “Homo zappiens” ou seja, é uma geração que nasceu em plena ebulição de uma cultura cibernética global sustentada pela multimídia e, como conseqüência, se comporta, pensa e aprende de uma forma diferenciada. Autores como Prensky (2001) e os holandeses Veen e Vrakking (2009) apontam que essa geração é digital e a escola continua analógica! Esta é uma geração que pertence a redes (técnicas e humanas) e faz uso delas para resolver problemas, por isso não pensa de uma forma linear, mas pensa em redes e de uma forma muito mais colaborativa do que as gerações anteriores. Por isso precisamos considerar que as suas estratégias de aprendizagem mudaram. Nesse contexto, pergunto: Qual é o nosso papel enquanto educadores preocupados em atender aos anseios e expectativas dos nativos digitais? Precisamos repensar com urgência o nosso papel nesse novo cenário, bem como ressignificar as nossas atuais práticas didático-pedagógicas a fim de aproveitarmos o imenso potencial pedagógico que as TDVs nos trazem.
PPEG - Em seu trabalho de conclusão para a Licenciatura em 2009, com a orientação do professor Sidney Sabedot: “Trilha ambiental virtual - uma nova metodologia aplicada em sala de aula para o ensino de Geografia”, a colega e Geógrafa Priscila Meneguetti abordou a importância de envolver o conteúdo ministrado em sala de aula, depois elaborar uma saída de campo e finalizar construindo um blog educacional mostrando os resultados desse trabalho de campo. Hoje as escolas estão usando mais essa opção de blog educacional para interação e cooperação entre professores e alunos como um material de apoio?
Professora Margô -Iniciei o trabalho com blogs em 2004 e naquela época o uso de blogs na educação era muito restrito, tanto que a literatura a respeito era praticamente americana. Felizmente percebo um grande avanço no uso dessa tecnologia e fico feliz em saber que tenho uma parcela de contribuição nesse sentido, pois este blog é um exemplo de que vocês estão dando continuidade ao blog criado na minha disciplina de Informática e Multimeios na Educação do Unilasalle. Já aproveito para parabenizar o trabalho de vocês!
O blog assim como as wikis são exemplos de tecnologias abertas e dinâmicas (como eu referi no último parágrafo da 2ª questão) que podem ser utilizadas em qualquer área do conhecimento. Apresentam um alto potencial de interação, colaboração e cooperação onde tanto o professor quanto o aluno passa a ser o construtor e organizador desse espaço. Nesse sentido os processos de autoria e autonomia também passam a ser potencializados, o que é fundamental para que a aprendizagem aconteça!
Os blogs podem ser utilizados na educação de várias formas: para registro de atividades, divulgação de resultados, trabalhos e eventos, sistematização de idéias, assuntos, conteúdos, enfim, a forma de uso dependerá do objetivo pedagógico estabelecido. É importante que seja atualizado constantemente e que busque a interação dos leitores, seja através do campo comentários, enquetes, publicação de reportagens e entrevistas, vídeos, etc.
Pelo relato de vocês o trabalho realizado pela geógrafa Priscila Meneguetti contempla todas as etapas necessárias para a utilização adequada dessa tecnologia, ou seja, o blog foi construído como um complemento e sistematização do trabalho realizado em sala de aula, além de servir para divulgação dos resultados da saída de campo. Parabéns para a Priscila pelo trabalho realizado e, novamente, parabéns para vocês, autoras desse blog!
Os blogs podem ser utilizados na educação de várias formas: para registro de atividades, divulgação de resultados, trabalhos e eventos, sistematização de idéias, assuntos, conteúdos, enfim, a forma de uso dependerá do objetivo pedagógico estabelecido. É importante que seja atualizado constantemente e que busque a interação dos leitores, seja através do campo comentários, enquetes, publicação de reportagens e entrevistas, vídeos, etc.
Pelo relato de vocês o trabalho realizado pela geógrafa Priscila Meneguetti contempla todas as etapas necessárias para a utilização adequada dessa tecnologia, ou seja, o blog foi construído como um complemento e sistematização do trabalho realizado em sala de aula, além de servir para divulgação dos resultados da saída de campo. Parabéns para a Priscila pelo trabalho realizado e, novamente, parabéns para vocês, autoras desse blog!
Primeiramente gostaria de te agradecer Silvana pela lembrança. Fico feliz de saber que estamos no caminho certo, mas não posso receber todos os créditos sozinha, afinal o meu blog é uma etapa de um projeto maior, por isso é necessário lembrar e agradecer aos outros membros dessa conquista: Rodrigo Machado e Sydney Sabedot.
ResponderExcluir