Licenciatura em 1987 e bacharel no ano de 1988 em Geografia pela UFRGS, Roberto Verdum ingressou como professor no Departamento de Geografia/IG/UFRGS em 1989. Tornou-se Mestre (1993) e Doutor (1997) pela Université de Toulouse Le Mirail, Toulouse, França. O nosso entrevistado de hoje vai nos adiantar como será a o diálogo de encerramento do EEG, já fica o convite para você , nosso visitante, participar de todo o evento. Depois de ler a entrevista deixe seus comentários.
Quer saber quem mais vai participar no Estadual de Geografia que começará amanhã;clique aqui.
PPEG- Como o “boom” dessas ferramentas tecnológicas, ainda podemos fazer as mesmas geografias, mas com as mesmas ações?
Roberto Verdum- Acredito que o “boom” dessas ferramentas não é de agora, mas desde os anos de 1980, com as teorias e métodos quantitativos na Geografia, elas ofereciam possibilidades diferenciadas quanto às maneiras de fazermos pesquisas e à obtenção de análises e produtos em Geografia. Estes eram obtidos a partir dos referenciais teórico-metodológicos com suporte de sistemas de informática e estatística.
Neste período, o surgimento da chamada Geografia Crítica, principalmente no Brasil, comporta outros referenciais que de certa forma questionavam a aplicação dos modelos quantitativos para explicar as dinâmicas, sobretudo sociais, nos chamados países em desenvolvimento, a exemplo do Brasil.
Gradativamente, com o avanço e a ampliação do acesso à tecnologia, os geógrafos foram inserindo as bases materiais e as técnicas dos sistemas de informática em suas pesquisas, sendo que estas condições potencializaram em muito suas práticas e seus produtos analíticos e de síntese geográfica. Sobretudo, no interesse dos estudos das relações natureza-sociedade e na geração dos produtos do SIG. Estes, cada vez mais, reconhecidos no âmbito das atividades profissionais, como fruto do trabalho dos Geógrafos.
PPEG- Poderia nos adiantar ,como vai ser a palestra de encerramento do Encontro Estadual de Geografia “O professor, o bacharel e o estudante, diferentes ações, as mesmas geografias?
Roberto Verdum-A proposta de participação nessa mesa do EEG procurará situar um quadro referencial da minha experiência enquanto professor responsável pela disciplina de Estágio Profissional de Geografia, do curso de Bacharel em Geografia da UFRGS, onde discutimos diversos aspectos, tais como: a formação do profissional, o seu reconhecimento social e as suas atribuições profissionais.
Nota-se a necessidade, ainda, de estruturação de nossas organizações associativas e mesmo sindicais, que ainda não existem, como sendo um conjunto de profissionais que se faça reconhecer socialmente e que amplie sua atuação profissional.
Além disso, gostaria ao final da exposição, de trazer algumas reflexões sobre a ética e a ética profissional, temas pouco discutidos na nossa formação e na nossa prática profissional, mesmo sendo eles fundamentais para nossa atuação na sociedade.
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