sábado, 21 de julho de 2012

É AMANHÃ!!!

Confira a programação do ENG-2012, aqui em Porto Alegre foi mais 5 mil inscritos e em Minas Gerais quantos estarão?

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Bate -Papo ENG 2012-Thiago Hioshino

Formado em direito pela Universidade Federal do Paraná e atuante na assessoria jurídica popular e pesquisador junto a comunidades urbanas em Curitiba e Região Metropolitana. Dessa práxis surgiu o interesse específico em desenvolver, em nível de mestrado, uma investigação mais aprofundada sobre a relação entre as dinâmicas próprias da cidade e os processos de dominação/interação sócio e étnico-espaciais, em diálogo com marcos teóricos da história, da antropologia e da geografia. Nesse último caso, a aproximação, tanto na academia como na militância política, deu-se mais intensamente em função da articulação de resistências às violações de direitos e aos impactos gerados pela recepção dos megaeventos esportivos no Brasil, por meio da atuação dos Comitês Populares da Copa e Olimpíadas, de composição multifacetária e multidisciplinar, organizados hoje numa Articulação Nacional das 12 cidades-sede. O bate-papo de hoje é com Thiago Hioshino, deixe seus comentários para o nosso convidado.

PPEG- Como é (ou qual é o objetivo) dos Comitês Populares da Copa?

Thiago - A associação entre os megaprojetos neodesenvolvimentistas do Estado brasileiro, o modelo de empresariamento urbano que vem sendo adotado pelas gestões locais e a recepção de uma seqüência de grandes eventos no país, em especial de natureza esportiva (Copa do Mundo 2014 e Jogos Olímpicos 2016), pelo tipo de economia simbólica própria que são capazes de mobilizar, produz um conjunto grave de impactos sociais, ambientais e urbanísticos em nossas cidades. Os Comitês Populares da Copa consistem em espaços autônomos de confluência de lutas populares desde a sociedade civil organizada (movimentos sociais, ONGs, universidades, sindicatos, coletivos independentes de cultura e mídia, comunidades atingidas, etc.), que busca enfrentar as violações de direitos das populações ameaçadas por esse processo, bem como monitorar a ação governamental e dos agentes privados, produzindo informação e fortalecendo e atualizando a agenda da Reforma Urbana e do Direito à Cidade. Grande parte dessas ações podem ser acompanhadas através do portal: http://www.portalpopulardacopa.org.br/ Aí encontra-se também disponível a segunda edição do Dossiê Nacional "Megaeventos e Violações de Direitos Humanos no Brasil", que relata, em linhas gerais, denúncias recolhidas pelos Comitês Populares e análises que estes têm realizado sobre o tema.
 
PPEG-Como vai ser a abertura da mesa redonda com a presença de Jorge Luiz Barbosa e Willian Rosa Alves de Auditório 1A CAD123-jul / 19h00 no Eixo 1-Reestruturação produtiva do capital: grandes projetos de desenvolvimento e conflitos territoriais, a temática: A copa do mundo é nossa? Expropriação como esporte.
 
Thiago - Em resumo, como representante da Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (ANCOP), pretendo expor alguns dos casos mais emblemáticos em termos de violações de direitos humanos e impactos socioambientais com os quais temos trabalhado nas 12 cidades-sede dos jogos, além de compartilhar as análises mais gerais que temos levado a cabo sobre esse processo específico como parte de um espectro mais amplo de problemas relacionados ao modelo de governança e "desenvolvimento" urbano atualmente hegemônico, o qual reforça a exclusão ao impor as regras do mercado como diretrizes de produção, reprodução e organização do espaço. Mais do que isso, a ideia é também debater as estratégias de resistência que têm surgido a partir da mobilização popular para enfrentar essa nova fase de reterritorialização do capital nas cidades.
 
Fica como sugestão de leitura e reflexão o Dossiê Violações de Direitos Humanos, clique aqui e confira.

 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Bate -Papo-ENG 2012- Bianca Roqué

Formada no curso técnico em Turismo com habilitação em Guia de Turismo regional na Escola Técnica Tancredo de Almeida Neves em Ubatuba – SP, também é graduada em Administração com Habilitação em Hotelaria e Turismo pela Universidade de Taubaté – UNITAU campus Ubatuba e atualmente está cursando mestrado em Geografia na Universidade Federal do Rio Grande –FURG. A nossa entrevistada nos preparativos do ENG 2012 é Bianca Roqué, depois de ler a entrevista deixe seus comentários.
 PPEG-  A Maquete da Cidade de Ubatuba: História, Geografia, Cultura e Arte,Confecção de Maquetes como Ferramenta para Orientação em Atrativos Ecoturísticos e Confecção de Maquetes como Ferramenta para Educação. Por quê esse fascínio pelas maquetes?
 Bianca  - Eu sempre gostei de maquetes, desde criança. Acredito que muitos pesquisadores desenvolvem pesquisas sobre suas curiosidades de infância. Quando ingressei no curso técnico em Turismo, aos 16 anos, visitei o Memorial da América Latina, em São Paulo, onde há uma maquete de toda América Latina construída pelos cartunistas Geppe e Maia, com um vidro onde podemos caminhar em cima da maquete. Considero esta obra de arte uma das mais bonitas que já vi. Quando ingressei para a universidade comecei a estagiar no Parque Estadual da Ilha Anchieta, em Ubatuba, onde tem uma maquete de toda ilha no Centro de Visitantes. Eu realizava trabalhos de monitoria com os visitantes ao redor da maquete, e percebi a importância desta para a explanação e observação do espaço.
Decidi construir uma maquete da cidade inteira, como bolsista de Iniciação Científica, que ficou em exposição no Centro de Informações Turísticas da cidade. Acredito que a maquete é um recurso visual muito interessante, pois é tridimensional, desperta interesse no processo de ensino-aprendizagem e facilita a abstração dos alunos, podendo ser utilizada em todos os níveis de ensino.
Também considero que quando um pesquisador inicia uma pesquisa sobre uma determinada temática na graduação e aprimora sua pesquisa na pós-graduação, esta pesquisa ganha maior consistência, já que as experiências anteriores do pesquisador contribuem no processo de reflexão.



PPEG- Como será a Oficina de Maquetes Cartográficas a ser realizada no ENG 2012, em Minas Gerais?
  
Bianca- Serão confeccionadas maquetes pequenas, do tamanho de uma folha A3, em grupos de 3 ou 4 pessoas, considerando que o tempo da oficina é de apenas 3 horas. Vou levar alguns mapas com as curvas de nível. Vamos transpor as curvas de nível para o papelão, depois fazer um acabamento com jornal e cola e pintar. Vou falar sobre como as maquetes podem ser utilizadas no processo de ensino-aprendizagem, suas vantagens e desvantagens. A maquete pode ser utilizada por profissionais de Geografia não apenas como recurso didático. Quando desenvolvemos um projeto em um determinado espaço, podemos ilustrá-lo através de uma maquete, assim como fazem os professionais de arquitetura e engenharia.